quarta-feira, 13 de agosto de 2008

CAPAS DO MÊS * AGOSTO *


1) Super-Homem #1 - 'A Origem': Mais famoso do que o próprio personagem, o desenho do homem com uma capa vermelha, colant azul, levantando um carro correu o mundo como ícone das Histórias em Quadrinhos norte-americanas. Adorado por muitos fãs tradicionais e criticado por muitos outros da nova geração, o Super-Homem ainda é reconhecido como primeiro (e mais bem sucedido) personagem da Era de Ouro das Histórias em Quadrinhos. Vida longa ao rei?



2) X-Men - 'Jim Lee e o casamento perfeito': Pode-se dizer, tranquilamente, que o século XXI não existiria no universo das HQs se não fossem os desenhos de Jim Lee. Quem não se lembra das capas duplas (e triplas!!) das revistas dos "X-Men"?! Tudo obra do "Mago" Lee (não o Stan... esse é imortal!). Jim conseguiu resuscitar os nossos mutantes queridos, ao mesmo tempo em que deu novo estilo aos desenhos das HQs, recriando o conceito do formato americano de "comic books". Com muita ação, muitas cores e traços bem-definidos, Jim Lee conseguiu conquistar não só o respeito dos maiores criadores de HQs, como também de seus milhares de fãs. E não bastasse isso, ainda carrega em suas costas as produções da editora IMAGE, uma das maiores produtoras de HQs no cenário atual.

3) Marvels - ' O Realismo de Alex Ross': Se você ainda acha que História em Quadrinhos é coisa para criança, "Marvels" é a primeira revista que você deve ler. Carregada da verdadeira mística de super-heróis e de um estilo artístico raro, "Marvels" consegue ser uma leitura séria, divertida e profunda ao mesmo tempo, trazendo não só diversão ao leitor mais adolescente, como verdadeiro prazer estético para o leitor adulto. Com seus desenhos realistas e pinturas sensacionais, o desenhista Alex Ross conseguiu dar formas ao belo argumento de Kurt Busiek com maestria. Sua parceria com John Romita Jr. na composição das capas apenas valorizam ainda mais esta série, que apresenta, de maneira única, um outro lado do universo das supreendentes 'Maravilhas' do universo MARVEL.


4) Um Contrato Com Deus - ' O Nascimento da Novela Gráfica': Ao propor uma leitura mais séria e consciente nas Histórias em Quadrinhos, o artista Will Eisner (talvez um dos maiores gênios das HQs) resolveu utilizar-se do mundo real - ao invés do da fantasia - para construir uma das primeiras obras sérias no universo dos Quadrinhos. "Um Contrato Com Deus" trazia parábolas que Eisner captava no mundo a sua volta, elaborando uma complexa obra ilustrada. Após terminada, Eisner percebeu que tinha criado algo diferente, e que aquilo não era um simples "gibi", mas algo profundo e significante. Sabendo disso, resolveu intitular sua obra da seguinte maneira: "A Contract With God - A Graphic Novel". O subtítulo, que pode ser traduzido por "Novela Gráfica", criou, intencionalmente ou não, através dos anos seguintes, uma distinção entre os conhecidos "gibis" (ou 'comics', revistas direcionadas ao público mais jovem, com super-heróis fantasiados e muitas explosões) e as histórias em quadrinhos para adultos. Surgia ali um novo gênero, que hoje alimenta o desejo dos jovens fãs de HQs por histórias mais bem elaboradas e personagens mais reais e inteligentes. Até mesmo o fantástico e o absurdo se tornaram profundos, e o que dizer então da simplicidade da vida miserável em uma cidade grande... Will Eisner mostrou que é possível captar a absurdidade da vida comum (tanto quanto da fantasia) através de uma arte que estava banalizada por cartunistas e personagens inertes e infantis. Felizmente, Eisner apareceu nos trazendo uma nova intenção, renovadora e promissora. O subtítulo nessa capa, embora tenha passado desapercebido em sua época, hoje pode ser lido quase como um prenúncio de algo que estaria por vir. (ver em "Postagens mais antigas", no rodapé do blog, artigos com maiores informações a respeito do 'boom' das Graphic Novels)



* The EMBRYO * de Alan Moore - PARTE II

"ONCE THERE WERE DAEMONS"
por Alan Moore




* THE EMBRYO * de Alan Moore - PARTE I

Entre a década de '60 e '70, Alan Moore, junto com alguns amigos, publicou uma HQ alternativa chamada "The Embryo". A sua publicação independente lhe permitiu uma aproximação maior ao Laboratório de Artes de Northampton e um começo meteórico no universo dos Quadrinhos. A partir de hoje publicaremos algumas destas 'páginas perdidas'. (em breve: as traduções dos textos em inglês!)